terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Informação completa tem que responder pelo cinco perguntinhas

Você já recebeu alguma informação truncada que o fez perder um compromisso ou deixar de comparecer a um evento por não saber onde ou a que horas aconteceria? Nesta janela trataremos da importância de se responder a pelo menos cinco perguntinhas básicas quando queremos que não haja ruídos na comunicação. 
  
As cinco perguntas que não podem calar são:

O quê?
               Quem?
                       Quando?
                                Onde?
                                              Por quê?



Respondê-las sempre ajuda a sintetizar a informação sem deixar buracos que impeçam a boa recepção da mesma. Isso vale para um e-mail corporativo, para um convite ou para a redação de uma notícia.

Estas perguntas, inclusive, são extratos da ferramenta de administração utilizada pelas empresas: o 5W2H.
What – O que será feito (etapas)
Why – Por que será feito (justificativa)
Where – Onde será feito (local)
When – Quando será feito (tempo)
Who – Por quem será feito (responsabilidade)
How – Como será feito (método)
How much – Quanto custará fazer (custo)

No jornalismo, a técnica é antiga, batizada como pirâmide invertida por Edwin L. Shuman no seu livro Practical_journalism, editado em 1910. Mas parece ter nascido bem antes. Pelo menos segundo a professora de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Mar de Fontcuberta.

Em seu livro A notícia: pistas para compreender o mundo (Págs. 58 e ss), conta que essa arquitetura noticiosa nasceu durante a Guerra da Secessão (a guerra civil nos Estados Unidos). Naquela época, a grande inovação tecnológica era o telégrafo, através do qual os jornalistas enviavam diariamente suas crônicas de guerra. Como esta tecnologia ainda não era confiável e os postes que suportavam os fios do telégrafo eram um dos alvos preferidos pelas tropas, muitas vezes o sistema ficava inoperante.


Fragilidade na operação do telégrafo incentivou a pirâmide invertida

Em comum  acordo, com o objetivo de assegurar iguais condições de envio (decisão ética), jornalistas e operadores de telégrafo estabeleceram uma regra de funcionamento que não prejudicasse o trabalho dos profissionais da informação: cada jornalista enviaria o primeiro parágrafo do seu texto e, após uma primeira ronda, iniciava-se uma segunda etapa para que todos enviassem o segundo parágrafo do texto.
  
Como veem, a técnica de jornalismo teve que se adequar às circunstâncias da guerra. E aí, em  lugar do habitual relato cronológico dos acontecimentos, os jornalistas passaram a organizar os fatos por valor noticioso, colocando os dados mais importantes no início do texto e garantindo assim a chegada dos dados essenciais aos seus jornais.

Vale lembrar que a ordem da pirâmide não é fixa. Ela muda de acordo com a importância dos itens. Cabe a você ter o bom senso de identificar o que é mais importante e redigir na ordem que favoreça o entendimento da sua mensagem, causando o impacto desejado. Lembre-se também que a regrinha é ideal para produção de textos curtos, com lead e sublead ( os dois primeiros parágrafos, para você que não é da área de comunicação). Em textos livres, não informativos, use sua criatividade literária.



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